September 12, 2019 9:35 am Back to Home
Estudos da Escola de Economia de Londres dizem que dinheiro, sucesso e boas notas são menos importantes
Mick Jagger conhecidamente não conseguiu obter, mas agora os economistas acham que sabem o que é necessário para obter alguma satisfação.
Depois de investigar os fatores na vida de uma pessoa que podem melhor predizer se levarão uma vida plena, uma equipe liderada por um dos principais especialistas em “felicidade” do Reino Unido, o Professor Richard Layard, apresentou uma resposta que pode ser considerada controversa.
Layard e seus colegas no programa de pesquisa Wellbeing, do Centro de Performance Econômica da Escola de Economia de Londres, concluíram que a saúde emocional da criança é muito mais importante para seus níveis de satisfação quando adultos do que outros fatores, como alcançar sucesso acadêmico quando jovens, ou riqueza quando mais velhos. Os autores explicam que a avaliação da qualidade da saúde emocional da criança baseia-se na análise de uma série de fatores internos na infância de uma pessoa, incluindo sofrimento, insônia, distúrbios alimentares, enurese, medo ou cansaço.
Os acadêmicos afirmam que seu estudo, O que prediz uma vida bem-sucedida? Um modelo de bem-estar para toda a vida, publicado na última edição do Economic Journal, oferece “uma perspectiva completamente nova sobre quais fatores mais contribuem para uma vida satisfatória”. O estudo afirma desafiar “a premissa básica da política educacional nos últimos anos – que a realização acadêmica importa mais do que qualquer outra coisa”. Essa afirmação parece ser uma crítica implícita ao antigo secretário de educação, Michael Gove, que instruiu as escolas a não se concentrarem em questões “periféricas”, como o desenvolvimento moral, social e cultural das crianças em favor da excelência acadêmica. O sucessor de Gove, Nicky Morgan, prometeu reverter essa abordagem.
Layard e sua equipe analisaram dados de cerca de 9.000 pessoas que nasceram durante um período de três semanas em 1970 e que foram acompanhadas pelo British Cohort Survey, um estudo que solicitava o preenchimento de um extenso questionário sobre suas vidas a cada cinco a sete anos. Pediu-se também que eles avaliassem sua satisfação em períodos-chave durante suas vidas. A equipe examinou diversos fatores, incluindo renda, desempenho educacional, emprego, problemas legais, se eram solteiros, bem como sua saúde física e emocional – para avaliar o quão significativo estes eram na determinação da satisfação. Além disso, uma série de fatores que afetam o desenvolvimento de uma criança – por exemplo, o desempenho intelectual, o contexto socioeconômico familiar e a saúde emocional também foram examinados.
Muitas pessoas assumem que a renda é o fator mais importante na satisfação da vida de um adulto. Mas os acadêmicos dizem que seus dados deixam claro que isso é muito menos importante do que a saúde emocional – tanto em crianças quanto em adultos. “O rendimento explica apenas cerca de 1% da variação na satisfação com relação à vida entre as pessoas no Reino Unido – um sexto da fração explicada pela saúde emocional”, observam. Ou, em outras palavras, o dinheiro realmente não é capaz de comprar a felicidade.
Os achados são controversos. Como observou um dos colegas de Layard, Andew E Clark, em um documento de acompanhamento, a sugestão de que “educação e renda são determinantes menos importantes do sucesso do adulto, medido pela satisfação na vida … corre o risco de provocar indignação em algumas pessoas”.
Mas a economia da felicidade ou do bem-estar é agora uma disciplina crescente e respeitada dentro da economia, e que está começando a influenciar os políticos.
David Cameron afirmou: “É hora de admitir que há outras coisas importantes na vida além do dinheiro e é hora de nos concentrarmos não apenas no PIB (GDP), mas no BEG (GWB) – bem-estar geral”.
Os resultados levantam questões sobre em que medida intervir na vida de uma criança pagará dividendos mais tarde.
“As intervenções infantis podem produzir enormes economias para as finanças públicas, mas isso ocorrerá muitas vezes em uma data muito posterior”, observam os autores. Eles concluem: “De longe, o fator preditivo mais importante da satisfação na vida adulta é a saúde emocional, tanto na infância como posteriormente. Descobrimos que o desempenho intelectual de uma criança é o fator preditivo relacionado à infância menos importante para a satisfação na vida como adulto”.
Tradução livre de Jeanne Pilli to original:
https://www.theguardian.com/society/2014/nov/08/happiness-childhood-emotional-health-richard-layard
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