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Por Dr. Travis Bradberry | 3 de agosto de 2016
Pesquisas mostram que a maioria das pessoas reclama uma vez por minuto durante uma conversa normal. Reclamar é tentador porque dá uma sensação boa. Contudo, como muitas outras coisas que são agradáveis – como fumar ou comer meio quilo de bacon no café da manhã – reclamar não faz bem.
O seu cérebro adora eficiência e não gosta de trabalhar mais do que o necessário. Quando você repete um comportamento, como o de reclamar, seus neurônios vão se ramificando entre si para facilitar o fluxo de informação. Isso torna a repetição desse comportamento muito mais fácil no futuro – na verdade, fica tão fácil que você pode nem notar que está fazendo isso.
Não dá pra culpar o cérebro. Quem gostaria de ficar construindo pontes temporárias toda vez que fosse necessário atravessar um rio? Faz muito mais sentido construir uma ponte permanente. Então, seus neurônios vão ficando mais próximos uns dos outros e as conexões entre eles vão se tornando mais permanentes. Os cientistas gostam de descrever esse processo como: “neurônios que transmitem impulsos unidos, permanecem unidos”.
Reclamar de forma reiterada reprograma seu cérebro, tornando mais prováveis reclamações futuras. Com o passar do tempo, você vai achar mais fácil ser negativo do que ser positivo, independentemente do que está acontecendo a sua volta. Reclamar torna-se seu comportamento padrão, o que altera a maneira como as pessoas te percebem.
E isso não é tudo: reclamar também traz danos a outras áreas do seu cérebro. Uma pesquisa da Universidade de Stanford mostrou que reclamar faz o hipocampo encolher– uma área do cérebro que é crucial para resolução de problemas e para o pensamento crítico. Danos ao hipocampo é assustador, especialmente se considerarmos que essa é umas das primeiras áreas do cérebro que o Alzheimer destrói.
Mesmo que já não seja exagero dizer que reclamar causa danos cerebrais, o problema não para por aí. Quando você reclama, seu corpo libera cortisol, que é o hormônio do estresse. Cortisol te leva a entrar no modo de luta-ou-fuga, canalizando todo o oxigênio, sangue e energia somente para aqueles sistemas que são essenciais para a sobrevivência imediata. Um efeito do cortisol, por exemplo, é aumentar sua pressão arterial e sua glicose sanguínea a fim de que você fique preparado ou para fugir ou para se defender.
Todo o cortisol extra que é liberado pela reclamação frequente prejudica seu sistema imunológico e te deixa mais suscetível a colesterol alto, diabetes, doença cardíaca e obesidade. E, inclusive, deixa o cérebro mais vulnerável a derrames.
Dado que seres humanos são seres inerentemente sociais, nossos cérebros imitam os estados de espírito daqueles que estão a nossa volta, particularmente pessoas com quem passamos muito tempo. Esse processo é conhecido como espelhamento neuronal, e é com base nisso que desenvolvemos nossa capacidade de sentir empatia. O outro lado dessa moeda, no entanto, é que isso faz com que reclamar seja bem parecido com fumar – não é porque você mesmo não está reclamando que você não vai sofrer os efeitos. É preciso pensar duas vezes antes de passar seu tempo com pessoas que reclamam de tudo. Reclamões querem que mais gente festeje a lamúria junto com eles para que se sintam melhores em relação a si mesmos. Pense comigo: se uma pessoa estivesse fumando, você ficaria ali sentado com ela a tarde toda respirando passivamente a fumaça? Você se afastaria. E você deveria fazer a mesma coisa em relação aos reclamões.
Há duas coisas que você pode fazer quando você sente vontade de reclamar. Uma é cultivar uma atitude de gratidão. Ou seja, quando você sentir que quer reclamar, desvie sua atenção para alguma coisa pela qual você sinta gratidão. Tirar um tempo para contemplar as coisas pelas quais você tem gratidão não é simplesmente a coisa certa a se fazer, isso reduz o hormônio do estresse, o cortisol, em 23%. Uma pesquisa realizada pela Universidade da Califórnia descobriu que pessoas que trabalharam diariamente para cultivar uma atitude de gratidão experimentaram melhora no humor e na energia, além de significativa diminuição da ansiedade em função de níveis mais baixos de cortisol. Toda vez que você tiver pensamentos negativos ou pessimistas, use essa deixa para mudar o rumo e pensar sobre algo positivo. Com o tempo, a atitude positiva vai se tornar um modo de vida.
A segunda coisa que você pode fazer – mas só quando realmente valer a pena reclamar – é empenhar-se para reclamar de uma forma que seja orientada para uma solução. Encare isso como uma reclamação com um objetivo. Uma reclamação que seja orientada para uma solução deve funcionar da seguinte forma:
Recapitulando
Assim como fumar, beber demais e ficar deitado no sofá assistindo TV o dia todo, reclamar não faz bem para você. Siga meu conselho e você vai colher os benefício físicos, mentais e de desempenho que vêm com uma atitude mental positiva.
Dr. Travis Bradberry é o premiado coautor do best-seller Inteligência Emocional 2.0, e co-fundador da TalentSmart. Seus livros já foram traduzidos para mais de 25 línguas e estão disponíveis em mais de 150 países.
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