May 7, 2020 2:15 pm Back to Home
É um grande prazer oferecer as minhas saudações aos irmãos e irmãs budistas de todo o mundo, que celebram hoje o Vesak (Buda Purnima).
Sua Santidade o Dalai Lama prestando seus respeitos diante da estátua de Buddha, dentro da estupa no Templo Mahabodhi em Bodhgaya, Bihar, Índia, em 17 de janeiro de 2020. Foto de Tenzin Choejo.
Shakyamuni Buddha nasceu em Lumbini, alcançou a iluminação em Bodhgaya e faleceu em Kushinagar há 2600 anos, no entanto acredito que seu ensinamento seja universal e continua sendo relevante até hoje. Movido por um profundo sentimento de preocupação em ajudar os outros, após a sua iluminação Buddha passou o resto de sua vida como um monge, compartilhando sua experiência com todos aqueles que desejassem ouvir.
Tanto sua visão da originação interdependente quanto os seus conselhos para não prejudicar ninguém, mas ajudar a quem puder, enfatizam a prática da não-violência. Esta continua sendo uma das forças mais potentes para que prevaleça o bem no mundo atual, pois a não-violência, motivada pela compaixão, significa estar a serviço de nossos semelhantes. Principalmente, num mundo cada vez mais interdependente, o nosso próprio bem-estar e felicidade dependem de muitas outras pessoas.
Atualmente, os desafios que enfrentamos exigem que aceitemos a unicidade da humanidade. Apesar das diferenças superficiais existentes entre nós, somos todos iguais em nosso ideal compartilhado de desejar paz e felicidade.
Parte da prática budista envolve o treinamento de nossa mente através da meditação. Para que esse treinamento em acalmar a mente por meio do desenvolvimento de qualidades como amor, compaixão, generosidade e paciência, seja eficaz, devemos praticar essas qualidades no dia-a-dia.
Até pouco tempo atrás, as diversas comunidades budistas no mundo tinham apenas uma compreensão distante da existência umas das outras, sem nenhuma oportunidade de apreciar o quanto se tem em comum. Hoje, com toda a gama das tradições budistas que emergiram em diferentes lugares, ficou mais acessível a todos os interessados. Além disso, aqueles de nós que praticam e ensinam essas várias tradições budistas, agora podem se encontrar e aprender uns com os outros mais facilmente.
Como monge budista tibetano, me considero um herdeiro da tradição de Nalanda. A forma como o budismo foi ensinado e estudado na Universidade de Nalanda, enraizado na razão e na lógica, representa o ápice de seu desenvolvimento na Índia. Se queremos ser budistas do século 21, ao invés de confiar simplesmente na fé, é importante nos engajarmos no estudo e na análise dos ensinamentos de Buddha, assim como muitos fizeram naquela universidade.
O mundo mudou substancialmente desde a época de Buddha. A ciência moderna desenvolveu um entendimento sofisticado no âmbito físico. Por outro lado, a ciência budista alcançou uma compreensão muito detalhada sobre o funcionamento da mente e das emoções, áreas ainda relativamente novas para a ciência moderna. Por conseguinte, cada uma dessas ciências tem conhecimentos cruciais para se complementarem. Acredito que a combinação destas duas abordagens, tem grande potencial para conduzir-nos às descobertas que irão enriquecer nosso bem-estar físico, emocional e social.
Enquanto budistas, somos nós os interessados em resguardar os ensinamentos de Buddha, mas a sua mensagem é relevante em nossa interação mais ampla com o resto da humanidade. Precisamos promover a compreensão interreligiosa baseando-nos no fato de que todas as religiões tem os meios aptos para promover a felicidade de todas as pessoas.
Además, neste momento de grave crise pela qual o mundo está passando, em que a nossa saúde está ameaçada e sofremos pela perda de familares e entes-queridos, devemos nos concentrar nos laços que nos unem como membros de uma única família humana. Por isso, precisamos ajudar uns aos outros com uma mente compassiva, pois somente se nos unirmos em um esforço coordenado e global é que conseguiremos vencer os desafios sem precedentes que enfrentamos.
Dalai Lama
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