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Por Jonathan DeHart | The Diplomat | 1 de abril de 2016
Por meio de deidades pacíficas como Avalokiteshvara de mil braços e da Deusa Tara, dos deuses na extremidade irada da escala – Yama, o Deus da Morte frequentemente envolto em chamas e a Deusa da Guerra Begtse – das mandalas matemáticas, entre outras, o Budismo Tibetano tem expressado visualmente a essência de sua sabedoria por séculos através de um complexo estilo de arte sagrada conhecido como thangka.
Literalmente traduzido do idioma tibetano como “mensagem registrada”, as pinturas em thangka são o meio e a mensagem para budistas por todo o Himalaia, do Tibete ao Nepal. Recebendo influência artística da Índia, Nepal, China e Kashimira, as thangkas desenvolveram-se com estilo próprio no Século XVII. Usualmente sob a forma de um material enrolado como um pergaminho, as thangkas são pintadas e bordadas em tecidos de linho, algodão e seda, quando se trata de temas mais elevados. O processo de criação das thangkas é um trabalho intensivo e multifacetado, empregando cola animal e pigmentos naturais como malaquita, cinábrio e lápis-lazúli.
Seguindo um sistema gráfico complexo, os artistas de thangka precisam desenhar cada figura e moldura de acordo com medições precisas e proporções estipuladas pela iconografia budista. Neste sentido, “o papel do artista é um pouco diferente do que o do criador tal qual conhecido no Ocidente. O papel do artista torna-se um meio ou canal, que se eleva acima da sua própria consciência mundana para trazer uma verdade superior a este mundo”.
Isso resulta em pinturas com um nível quase matemático de precisão e simetria, especialmente em alguns dos padrões de mandala mais complexos, que pretendem representar o universo inteiro em um único quadro. As obras acabadas são ricamente montadas e variam em tamanho, desde poucos centímetros quadrados a vários metros quadrados. Dependendo da escala e da complexidade, uma única pintura pode manter uma equipe de artistas ocupada por meses ou mesmo anos antes de ser concluída.
Descrevendo diversas deidades, narrativas visuais sobre a vida dos santos e dos mestres, e várias manifestações de budas, as thangkas são objetos de meditação e recursos didáticos, além de impressionantes obras de arte. Tradicionalmente, um professor ou lama viajava para uma aldeia, desenrolava a thangka e elucidava a mensagem contida na pintura. Desta forma, a thangka é uma forma de arte insubstituível para a cultura nômade dentro da qual ela se desenvolveu.
Apesar da profundidade de suas raízes, a tradição das thangkas está tendo que lutar para sobreviver. Os desafios enfrentados pelos artistas são, talvez, mais visíveis no Nepal, onde o turismo sofreu um grande golpe com o terremoto que abalou o país em abril de 2015. Este dano foi tragicamente multiplicado por dois desastres aéreos locais em fevereiro deste ano. No entanto, uma comunidade de escolas de thangka, composta por pintores e contando com a participação de estudantes de todo o Nepal, está trabalhando duro para manter a tradição das thangkas viva.
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